Leucemia felina (FeLV): tudo o que precisa de saber

O que é a leucemia felina (FeLV)?

A leucemia felina é uma patologia causada por um vírus, o vírus da leucemia felina (FeLV) que compromete o funcionamento do sistema imune. A leucemia felina tem uma transmissão oro-nasal através das secreções e contacto próximo dos gatos. Após infeção, o gato pode tornar-se portador se o seu sistema imune conseguir controlar o vírus e logo não expressa doença (fase latente) ou pode haver multiplicação do vírus (fase viremica) com patologias associadas ao aparecimento de anemia, infeções secundárias e cancro, podendo ser mortal.

O que fazer se o gato tem leucemia felina?

Se o seu gato foi diagnosticado com leucemia felina, deverá proporcionar-lhe uma vida calma, boa nutrição e acompanhamento médico. A leucemia felina é uma patologia debilitante que encurta a espectativa de vida do gato. Deverá proporcionar as melhores condições para que o gato se mantenha de boa saúde e sofra menos com doenças secundárias à infeção.

Como se trata a leucemia felina? A leucemia felina tem cura?

Não existe cura para a leucemia felina. O vírus pode estar inativo, mas está presente no interior das células do gato infetado. Por isso, o tratamento da leucemia felina é um tratamento de suporte que tenta manter o gato de boa saúde apesar da debilidade do seu sistema imunitário.

Qual é a espectativa ou tempo de vida dos gatos afetados com leucemia felina (FeLV)?

A espectativa de vida dos gatos afetados é de poucos anos, devido ao aparecimento de doenças secundárias à infeção. Em gatos infetados com FeLV que vivam em casas com mais gatos, espera-se uma mortalidade de 50% aos 2 anos após infeção e até 80% aos 3 anos.

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Causas da leucemia felina (FeLV)

A leucemia felina é normalmente provocada pelo vírus da leucemia felina (FeLV) que é um retrovírus. Este vírus torna o gato incapaz de desenvolver uma resposta imune (imunodeficiência) podendo originar cancro nos gatos. Também está descrito em casos raros onde o vírus da imunodeficiência felina (FIV) está implicado no aparecimento de leucemia felina.

 

Transmissão e patogenia da leucemia felina (FeLV)

A principal via de transmissão é oro-nasal com exposição a secreções contendo vírus. O contagio da leucemia felina faz-se pelo contacto direto entre gatos infetados, através de mordidas, lambidas ou partilha de alimento e água.

Gatos viremicos, com o vírus ativo e multiplicar-se, libertam maiores quantidades de vírus nas secreções e por isso têm maior probabilidade de infetar outros gatos. A transmissão da leucemia felina por FeLV da mãe gata para os filhotes também ocorre durante a gestação e através do leite na lactação.

Sendo um retrovírus, o vírus da leucemia felina (FeLV) é instável no ambiente e por isso requer o contacto próximo dos animais. Uma exceção é a identificação do vírus em urina e fezes de animais infetados que poderão manter o seu potencial de transmissão.

Após a transmissão com o vírus da leucemia felina (FeLV) podem ocorrer uma das duas fases: a recuperação com imunidade (fase latente) ou infeção persistente e ativa com o vírus (fase viremia) que poderá originar doença severa e fatal por anemia, linfomas e leucemias e infeções. Na forma latente, o gato é portador mas devido à competência do sistema imune o vírus não se expressa, não apresentado sinais nem doença.

A leucemia felina não é uma zoonose, logo não haverá contagio a humanos e animais de outras espécies. A leucemia felina não passa para humanos.

Fatores de risco da leucemia felina (FeLV)

Aparece com maior frequência em gatos de 1 a 6 anos de idade, com média aos 3 anos – os gatos jovens são mais suscetíveis. Os machos são 1.7 vez mais propícios a ter FeLV do que as fêmeas devido ao seu comportamento agressivo na dominância de território. Gatos com acesso ao exterior têm maior risco de contactar com gatos portadores e assim se infetarem. Casas com vários gatos também poderão arriscar que um dos membros da colónia esteja infetado e assim passe aos restantes.

 

Sinais da leucemia felina (FeLV)

O desenvolvimento da doença associada à FeLV é lento, desenvolvendo-se durante meses ou anos após o contagio. A FeLV poderá causar imunossupressão, que facilita o aparecimento secundário de infeções, ou de neoplasias. Os sinais dependem da resposta do organismo à infeção. Os sinais de FeLV em gatos incluem:

  • Aumento dos gânglios linfáticos (linfoadenopatia);
  • Doenças respiratórias com rinite, conjuntivite ou inflamação da córnea em 18% dos casos;
  • Diarreia persistente;
  • Inflamação das gengivas (gengivite), da boca (estomatite) e dos tecidos envolventes ao dente (periodontite);
  • Abcessos ou doenças recorrentes e não responsivas a tratamento da pele e ouvidos;
  • Febre;
  • Perda de peso e de condição corporal;
  • Linfoma: cancro das células linfoides localizado nos tecidos linfáticos formando massas;
  • Leucemia: cancro das células linfoides presente na circulação sanguínea;
  • Fibrossarcomas: cancro do tecido fibroso em animais coinfetados com o vírus do sarcoma;
  • Lesões nervosas (neuropatias periféricas) com movimento dos membros anormais (ataxia).

 

Diagnóstico da leucemia felina (FeLV)

Primeiro, o médico veterinário avalia a história clínica do animal. Animais não vacinados contra FeLV e que estejam no exterior ou em casas com elevado número de gatos terão maior probabilidade de sofrerem de FeLV.

A forma de diagnóstico do vírus da leucemia felina (FeLV) mais comum envolver a detenção do vírus ou dos anticorpos contra o vírus no sangue do animal. Poderão ser utilizados kits de ELISA utilizados na própria clínica colocando-se uma gota de sangue e esperando o resultado, à semelhança dos testes de gravidez. A identificação por PCR é uma alternativa. Para controlo da anemia, infeções e leucemia podem ser feitos com frequencia análises ao sangue  (hemograma) e no caso de aparecimento de massas poderá ser realizada histologia a amostras de biopsia.

O vírus da leucemia felina (FeLV) entra e mantem-se no genoma da célula, aproveitando quando esta a célula se divide para se expressar e produzir mais vírus que serão libertados. Esta característica implica que estes vírus sejam difíceis de erradicar e pode persistir uma infeção latente com a informação genética do vírus incorporada nas células do gato.

Tratamento da leucemia felina (FeLV)

O tratamento da leucemia felina é normalmente feito em casa. Só são internados animais que apresentem infeções secundárias graves, anemia ou perda de peso extrema. Nesse caso, são mantidos hospitalizados até a condição de saúde estabilizar. Casos graves podem requerer várias transfusões de sangue para combater a anemia.

O tratamento da leucemia felina é um tratamento de suporte. Não há tratamento que cure a leucemia felina porque não é possível eliminar o vírus FeLV do organismo. Logo, o tratamento da leucemia felina foca-se em controlar os efeitos secundários decorrentes da infeção, mantendo o animal em boa saúde e com uma vida digna.

Este tratamento de suporte para a leucemia felina incluí suplementos nutricionais, administração de fluídos e controlo das infeções secundárias que aparecem devido ao estado debilitado do sistema imune. Não há necessidade de alterar a atividade física e dieta na maioria dos casos. Casos com diarreia, doença renal ou perda de peso prolongada poderá ser feita uma dieta especial.

A cirurgia é realizada para fazer biopsia de massas, de forma a identificá-las como tumores. Tumores podem então ser removidos por cirurgia, dependendo da sua localização. A limpeza dos dentes (destartarização), extração de dentes com caries e biopsia das gengivas também poderão ser recomendadas, dependendo do estado da saúde oral do gato.

Algumas medicações podem ser utilizadas para combater o vírus, como agentes antivirais (Zidovuline) que ajudam a controlar o vírus apesar de não o eliminarem por completo. Medicações que ajudem a resposta imune poderão ser benéficas, como a utilização do interferão. No caso de anemias poderá se suspeitar de infeção com Micoplasma felis e necessitar de administrar antibióticos (tetraciclinas) e corticosteroides.

Linfomas podem ser controlados por quimioterapia com períodos de remissões de 3 a 4 meses, apesar de alguns gatos manterem a remissão por mais tempo. As leucemias são menos responsivas ao tratamento e podem necessitar de eritropoietina para estimular a produção de glóbulos vermelhos na anemia.

A monitorização do gato infetado com FeLV varia dependendo da manifestação e infeções secundárias provocada pela doença. As complicações da doença incluem exposição de outros gatos da mesma casa à doença pelo gato infetado, diminuição da resposta imune com aparecimento de infeções secundárias, desenvolvimento de cancro e morte.

É de relembrar que o grande objetivo das terapias da leucemia felina é manter o gato saudável e fortalecer o sistema imune, para que o gato possa manter-se sem os efeitos da FeLV. Para tal, a alimentação e estilo de vida devem ser otimizados.

Como consequência da anemia, infeções recorrentes e persistentes e aparecimento de linfomas e leucemias, o gato poderá entrar numa fase terminal onde o tratamento já não é possível. A eutanásia é recomendada em animais infetados apenas quando a doença compromete a sua qualidade de vida.

Prognóstico da leucemia felina (FeLV)

Não existe cura para a leucemia felina provocada por FeLV. Metade dos gatos infetados com FeLV que o apresentam no sangue (viremicos) morre dentro de 2 a 3 anos como resultado das complicações da doença (infeções e cancro).

 

Prevenção da leucemia felina (FeLV)

Os principais meios de prevenção da leucemia felina (FeLV) são evitar a exposição dos gatos a gatos infetados e administração de vacinas. Evitar a exposição a gatos potencialmente infetados incluí controlar a saída do gato ao exterior, castrar para reduzir o comportamento territorial e de cio que aumenta o contacto entre gatos, e fazer quarentena e testar todos os novos gatos que vão entrar em casas onde já existem gatos.

Existem várias vacinas no mercado para o FeLV. É aconselhado testar sempre o gato antes da vacinação para saber se já tinha sido infetado. O gato vacinado poderá ser infetado pelo vírus da leucemia felina (FeLV) mas não desenvolverá a viremia, e logo ficará protegido contra os seus efeitos e não poderá transmitir o vírus.

29 comentários em “Leucemia felina (FeLV): tudo o que precisa de saber”

    • Olá Ana,
      Na leucemia felina há defice de células imunitárias do sangue. Na transfusão há introdução de novas células imunitarias, no entanto apenas terá um efeito temporário. Por isso a transfusão não cura a leucemia felina. É uma doença crónica que deve ser gerida para que o gatinho tenha uma vida normal.
      Abraços,
      Joana Prata

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      • Boa noite Joana, se eu tocar num gatinho com Felv, lavo as maos com o que para nao passar para os outros? Eu normalmente passo detergente e álcool gel, esta certo isso?

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        • Olá Marcelo,
          Em principio, lavar bem as mãos deverá evitar a transmissão, até porque a transmissão se faz através de fluídos corporais do gatinho infetado (saliva, sangue, lagrima). Se quiser, poderá trocar também de roupa como garantia completa de não transmissão.
          Abraços,
          Joana Prata

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    • Meu gato completa 6 anos em junho,ele pegou felv com 45 dias,eu não sabia que meu outro gato de 5 anos estava com felv ,pq pegou de outra gata que adotei com 40 dias e já veio contaminada.essa primeira gata morreu dias após completar 2 anos,então já havia Passau para meu gato de 3 anos ,sem diagnóstico da primeira gata que morreu em dois dias,adotei um casal de gatos,a gata dessa adoção,morreu dias TB após completar 2 anos,desse fez foi feito o teste para felv e fiv e deu positivo.Comecei a me preparar para a morte dos dois outros gatos, o de 2 anos e o de 5 anos então nesse tempo ,ele durou 9 anos sendo desses 6 anos contaminado.acha que deveria realizar outro exame no meu gato que hoje está prestes a fazer 6 anos ,para ver se, se curou?

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      • Olá Elaine,
        A leucemia felina compromete o sistema imune e assim reduz a esperança média de vida. Os gatinhos com anos não estão curados do FeLV, simplesmente podem estar numa fase latente ou não ter ainda sofrido gravemente da doença.
        Abraços,
        Joana Prata

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  1. Isa, me ajuda pelo amor de Deus, descobri hoje que meu gatinho Lino tem Felv pois ele do dia pra noite parou de comer e ficou amuado. Ele é muito brincalhão, ativo. Adotei ele da rua com 4 meses, castrei e nunca me atentei a fazer este exame. Porém agora com quase 2 anos descobrimos. Ele não tem acesso às ruas, somente ao quintal e supervisionado por 15min todos os dias. Estou chorando tanro, mas tanto q estou totalmente sem chão, frustrada e impotente. Fez todos os exames, mas todos os exames estão ótimos, saudável, mas tem Felv positivo. A veterinária disse que ele não deve tá comendo pois deve estar com alguma infecção/inflamação no intestino, pois ele até quer comer, ele cheira, dá uma lambidinha e sai de perto do prato. Minha pergunta é: Esse sintoma seria da Felv ou da inflamação no intestino?? Ele não vomitou nem teve diarreia, qdo deu 25h q ele não comia eu corri pro vet. Ele ficou internado pra fazer ultrassom e tomar soro. Estou totalmente anestesiada de tanto sofrer. Ele pode ter uma vida longa com todos os cuidados com qualidade de vida? Pois todos os relatos q vejo, qdo ficam sabendo do diagnóstico, o gato morre com dias ou poucos meses. Ele pode ser saudável mesmo tento Felv??? E viver sem sintomas da Felv???

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    • Olá Cristiane,
      Ser FeLV positivo não é sentença. A doença pode reduzir a esperança média de vida através das infeções secundárias ou aparecimento de leucemia. Mas isso não quer dizer que o gatinho não leve uma vida normal, desde com os devidos cuidados e acompanhamentos médicos. O mais provável é já estar infetado quando o adoptou. O importante agora é dar-lhe a melhor qualidade de vida possível e evitar possíveis infeções, para que se mantenha saudável. Desejamos as melhoras para o gatinho 🙂
      Abraços,
      Joana Prata

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    • Olá Cristiane,
      É possível que o gatinho esteja com baixa imunidade devido à FeLV que origine o problema no intestino. De qualquer da formas, é possível o gatinho viver uma vida saudável se conseguir controlar o aparecimento de infeções secundárias. Portanto, ainda poderá ser muito feliz ao seu lado.
      Abraços,
      Joana Prata

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  2. Boa tarde! Estou desesperada também pois, fiz o teste e deu felv, porém não sei a idade dela, acredito que no máximo 6 meses… Ela é bem magrinha, mas não apresentou nenhum sintoma aparente.. o exame pode estar errado? E se não estiver errado, eu cuidando dela direitimho ela poderia viver mais de dez anos ou isso sério quase impossível? Obrigada.

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    • Olá Bruna, é possível que a gatinha esteja infetada com FeLV sem demonstrar ainda sinais clínicos, que seriam relacionados com infeções secundárias. Os cuidados do dono aumentam em muito a esperança média de vida, por isso não desista. Para além do mais, deverá focar-se em manter a qualidade de vida e não só em prolongar a vida da gatinha. Muita sorte 🙂
      Abraços,
      Joana Prata

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  3. Peguei um gato na rua descubri a felv em fevereiro quando parou de comer de fazer coisas basicas , ja levei em varios veterinarios fez varios tratamentos fiz transfusao de sangue porem nada ajudou nada ,teve nem um avanço,to mantendo ele vivo a base de comida forçada nem anda mais…porem os veterinários sempre dizem pra tentar, sinceramente nao acredito,ver ele sofrer assim e mt triste choro todo dia, prefiriria fazer a eutanasia do q tentar tratamentos q nao avançam em nada, qual sua opiniao?

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    • Olá Abiner,
      Essa será uma questão a discutir com o médico veterinário que acompanha o caso. Como recurso para o tutor, recomendo a leitura do nosso artigo sobre a eutanásia de animais em que ajuda a determinar qual é o momento de o fazer e como lidar com a situação. As melhoras e muita força.
      Abraços,
      Joana Prata

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  4. Ola, tenho um gato com 11 meses mais ou menos, e foi diagnosticado com FeLV na sexta-feira (16 Ago) e não consegue andar desde a quinta-feira, não come sozinho e permanece internado recebendo soro e medicação. Qual as chances de recuperação.

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    • Olá Luciano,
      O prognóstico deverá ser dado pelo médico veterinário que acompanha o caso. Como mencionamos no artigo, é possível fazer-se uma vida normal com FeLV, o risco é o aparecimento de infeções secundárias e cancros. Desejamos as melhoras.
      Abraços,
      Joana Prata

      Responder
  5. Olá,
    Tenho uma gata de 2,5 anos. O teste de FeLV deu negativo e ela é vacinada. Porém minha vizinha tem uma gata FeLV positivo e já apresentando sintomas. Mais ou menos a cada 45 dias minha vizinha viaja no final de semana e eu vou até a casa dela para cuidar da gatinha dela. Tenho bastante contato com ela, pois ela quer carinho e também dou remédios a ela. Existe algum risco de eu trazer o vírus para minha casa (na roupa, calçado ou pele) e infectar a minha gatinha? Outra dúvida: qual é o risco de se contrair a doença na clínica veterinária (nos banhos e hospedagem)?

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    • Olá Bruna,
      Se mantiver boa higiene não deverá ter problema de transmitir à sua gatinha. Lave bem as mãos e troque de roupa, o que limitará a transmissão que é feita pelos fluídos corporais. Uma alternativa que a poderá deixar mais descansada é a vacinação da sua gatinha em casa que confere alguma proteção.
      Abraços,
      Joana Prata

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  6. Olá, Joana!
    Adotei um gatinho (jovem adulto, já castrado) e logo na primeira visita ao veterinário descobrimos que ele é FeLV positivo. Porém, de tempos em tempos eu costumo abrigar as duas gatinhas de uma amiga (ambas jovens adultas castradas) que são FIV positivas. Sou muito apegada a elas e a ideia de não recebê-las mais na minha casa parte muito meu coração. Existe como esses gatinhos conseguirem conviver sem transmitirem a doença um para o outro? É possível inibir a transmissão por parte do gato infectado? É efetivo vacinar o gato contra FIV e as gatas contra FeLV? O sistema imunológico deles aguenta receber essas vacinas? Espero que possa tirar minhas dúvidas.
    Ah, e muito obrigada pelo artigo! Tirou várias das minhas dúvidas iniciais!

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    • Olá Karen,
      O ideal é não arriscar e não haver contacto ou partilha de áreas entre os animais. Poderia vacinar sim mas a vacina não evita a 100% a doença, mas diminui a sua expressão após a infeção. Uma vez que já têm problemas com FIV e FeLV, convinha não se infetarem com o que não têm. Logo o melhor é ficarem separados, seja em áreas diferentes ou em casas diferentes. Uma solução será poder visitar as gatas da sua amiga na casa dela.
      Abraços,
      Joana Prata

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  7. Olá!
    Resgatei da rua, há cerca de 4 anos e meio um gato macho, sagrado da Birmânia. Estava esterilizado e até trazia coleira. Apesar dos anúncios nunca ninguém legitimamente o reclamou. Soube há dias que ele é Felv + depois de uma série de problemas de pele e pêlo, que há 2 meses teimavam em não desaparecer. O problema que tenho, é que ele partilha o espaço de mais 4 gatinhas, todas elas esterilizadas, uma vacinada as outras não, porque eu nunca supus que os meus gatos pudessem contrair a doença. Apesar de frequentarem o jardim da casa, dificilmente aconteceria um episódio de disputa de território com outros gatos, até porque dormem dentro de casa. Não tenho hipótese de os separar, sem retirar definitivamente qualidade de vida ao gato infetado, e subjugá-lo a viver num recinto fechado para o resto da vida. Gostaria de saber qual a probabilidade real da transmissão via bebedouro e comedouro, tendo a conta a fragilidade do vírus no meio ambiente. Ele não tem contato direto com as outras gatinhas porque mantêm uma distância segura delas e não permite aproximações. Também não há agressividade entre eles ao ponto de se morderem. Contudo, tenho de avaliar a situação além do rastreio e hipotética vacinação das gatinhas que sejam felv – , mas já é um processo que poderá estar comprometido com falsos negativos nos testes a fazer.

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    • Olá Fernando,
      Na situação que nos apresenta, nunca poderá estar seguro que o gato não transmita o FeLV às suas gatas pois a qualquer momento poderá haver partilha de taças de alimentação e água ou uma briga inesperada. Neste momento, como já houve exposição, poderá também a vacinação não ser suficiente. Recomendamos o teste das gatinhas seguido de vacinação, se ainda negativas, e separação dos animais.
      Abraços,
      Joana Prata

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  8. Há 2 semanas apareceu um gatinho. MiNha filha deu comida e água e ele voltou no dia seguinte. Trouxemos para casa, estava com marcas de briga na rua, e levamos ao veterinário. Felv positivo. Chamamos o veterinário da família pet ( temos 3 cães) ele examinou e colheu sangue, deu vermifugo e campo o para fungos. Hoje retornou dizendo que a taxa de linfócitos está muito alta. Vai conversar com o oncologista. Ele se alimenta bem, faz as necessidades, tudo certo. Tem muito medo de proximidades, fica assustado. Minhas dúvidas : minhas netinhas , 4 e 8 anos podem ter contato com ele? Qual alimentação mais adequada?

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    • Olá Cleide,
      O FeLV é uma doença que afeta apenas os gatos. Uma vez que o gatinho até está desparasitado, não há risco para as suas netas. Deverá ter atenção que as crianças respeitem o espaço do animal e não o aborreçam, o que por vezes leva a agressões defensivas por parte dos animais. Deverá fazer uma alimentação de qualidade, escolhendo uma marca premium ou super-premium para garantir a melhor nutrição possível, um dos fatores importante para manter o gato FeLV positivo saudável. Caso não queira comer, poderá começar a alimentar com ração de suporte que pode encontrar na sua clínica veterinária.
      Abraços,
      Joana Prata

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  9. Olá, hoje perdemos nosso lord para a felv, ele tinha dois anos e foi diagnosticado a 2 semanas, foi feita transfusão (o que o deixou mais entristecido e estressado). Ele começou ficando amoado, mas comia, daí levei na clínica fizemos exame é deu positivo para felv, a veterinária deu medicamento ele foi para casa e estava super bem comendo normal tudo certo, mas daí dois dias depois da manhã pra tarde ele parou de comer, então levamos novamente e ele ficou internado, fez transfusão e trouxemos para casa após 24hs, e ele não quis mais comer nem beber, começou a criar uma película na pupila dos olhinhos, não andava e urinava onde estava. Então hoje depois de muito sofrimento para todos o veterinário nos indicou a eutanásia pois seus órgãos internos estação enormes, e ele miava desesperado. Foi um momento e uma decisão muito dolorosa, pois ele foi o melhor bichinho de estimação que já tivemos, ele nos fez muito feliz e nós demos a ele todo amor possível. Esta doença é terrível e rápida.

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  10. Olá, boa tarde. Estou com uma gatinha de 2 anos que testou positivo para FELV. Descobrimos ainda que ela está com um tumor e precisa fazer quimioterapia. Pois bem, apesar dos custos elevadíssimos iniciamos o tratamento e ontem ela fez o 1° procedimento de quimio. Porém moramos em apto, e estou com um bebê de quase 2 meses e o amamento. O veterinário me orientou a evitar o contato direto com fezes e urina durante o período de 72 hrs após a quimio. Mas a gatinha tem acesso a todos os cômodos da casa, camas, poltronas, etc. Inclusive ela dorme na cama conosco. Estou muito insegura de continuar o tratamento de quimioterapia com medo de que eu possa estar prejudicando o meu bebê, e de alguma maneira provocando complicações futuras a ele. Amo minha gatinha mas infelizmente nesse momento meu filho é prioridade em minha vida. Preciso realmente me preocupar ou posso ficar tranquila quanto ao tratamento?

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    • Olá Bárbara,
      Durante esse período pode tentar isolar a gata numa divisão que frequente menos e tentar interagir pouco com ela, deixando-a a cargo dos restantes membros da sua família. Apesar de não ser a situação ideal, pode ser a mais favorável para todos, especialmente considerando que a quimioterapia será temporária. As melhoras para a gatinha 🙂
      Abraços,
      Joana Prata

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