Parvovirose canina: o que é, tratamento e prevenção

O que é a parvovirose canina?

A parvovirose canina é uma gastroenterite viral aguda e altamente contagiosa que afeta cães jovens. A parvovirose canina resulta da infeção com o parvovirus por transmissão oro-fecal. Os sinais incluem perda de peso, falta de apetite, vómitos, diarreia podendo agravar-se. O tratamento de suporte é essencial para aumentar as chances de sobrevivência. A doença pode ser evitada através da vacinação correta do cão.

A parvovirose canina aparece em animais de que idade?

A maioria dos casos de parvovirose canina ocorre em cães entre as 6 semanas e 6 meses de idade. Em cães de idades mais jovens apresenta-se com maior gravidade. No entanto, número de casos de parvovirose tem diminuído devido à vacinação dos cães.

Qual é a etiologia da parvovirose canina?

A causa da parvovirose canina é o seu agente etiológico: o parvovirus canino (CPV). O parvovirus canino, também conhecido como “Parvo”, é um vírus da família Parvoviridae. Pensa-se que o parvovírus se tenha desenvolvido do vírus da panleucopenia felina ou de um vírus semelhante.

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O parovírus associado aos sintomas clássicos da gastroenterite por parvovirose é o CPV-2 (parvovirus canino 2). Este divide-se em CPV-2a, CPV-2b, uma estirpe mais severa, e CPV-2c, mais recentemente identificado. O CPV-2  é transmitido por via oro-fecal e os seus sinais aparecem dentro de 5 a 12 dias. O vírus afeta células com elevado número de replicação, como as células do intestino.

Ainda existe o vírus CPV-1 (parvovirus canino 1) afeta cachorros recém-nascidos, sendo mortal. O CPV-1 afeta cachorros entre as 1 e 3 semanas, causando gastroenterite, pneumonia e miocardite.

 

A parvovirose canina pode estar no ambiente?

O parvovírus é um vírus altamente resistente a detergentes, desinfetantes, à temperatura e pH. Por isso, é um vírus que pode manter-se no ambiente durante meses. Por exemplo, se protegido da luz solar e dissecação no interior da habitação pode sobreviver pelo menos 2 meses, podendo chegar a anos!

A parvovirose canina passa para gatos?

O vírus CPV-2 pode ser transmitido a gatos. Vários estudos demonstram que o CPV pode replicar em células de gatos in vitro, enquanto outros foram capazes de identificar este vírus nos gatos domésticos. Se a estirpe de CPV for capaz de replicar e infetar o gato, poderá causar uma doença semelhante à panleucopenia felina.

A parvovirose canina passa para humanos? O parvovirus canino afeta humanos?

Não. O parvovirus canino não é uma zoonose e logo não há contagio ao humano. A transmissão pode ocorrer apenas entre carnívoros, principalmente em espécies de canídeos.

A parvovirose canina é uma zoonose?

Uma vez que a doença é só transmitida entre carnívoros, especialmente caníneos, e não há contagio ao homem, não se considera a parvovirose canina uma zoonose.

Patogenia, transmissão e infeção pelo parvovirus canino

O parvovirus tem uma transmissão oro-fecal, significando que é libertado nas fezes e necessita de ser ingerido para infetar um novo hospedeiro. Assim, cães infetados começam a libertar o vírus aos 4 a 5 dias, mesmo antes de apresentarem sinais de doença, reduzindo a quantidade libertada de vírus aos 10 a 15 dias, mas mantendo-se a libertação de baixa quantidade até 10 dias após recuperação.

O contacto com as fezes não é necessariamente direto. O parvovírus pode ser transmitido por objetos que tenham estado em contato com fezes de animais infetados. Por outro lado, devido à sua elevada resistência no ambiente, pode manter-se presente mesmo após decomposição das fezes.

Formas de contagio do parvovirus canino:

  • Contato com animais infetados;
  • Contato com objetos ou ambientes contaminados;
  • Contato com pessoa que tenham entrado em contacto com animais infetados.

O cão normalmente entra em contacto com o vírus através do nariz ou boca. A replicação do vírus faz-se inicialmente no tecido linfoide da garganta (orofaringe), disseminando-se pelo corpo e causando sinais sistémicos. O vírus tem predileção por tecidos com elevada regeneração, como o intestino, percursores do sistema imune e medula.

Ao infetar o intestino, causa destruição do tecido, atrofia, redução da absorção de nutrientes e disrupção da função de barreia, permitindo a passagem de agentes patogénicos do lúmen intestinal para o sangue (ex. bactérias).

A redução das células do sistema imune (leucopenia), nomeadamente linfócitos e neutrófilos, pode resultar da disrupção das suas células progenitoras e do aumento da necessidade para o combate da infeção.

Ao infetar as criptas intestinais, o parvovírus origina vómitos, diarreia, sangramento intestinal e facilita a invasão bacteriana. No entanto, alguns cães apenas apresentam uma forma mais suave da parvovirose canina.

O tempo de incubação do parvovirus canino é cerca de 5 a 7 dias. Neste período o animal não apresenta sinais clínicos.

Os sinais clínicos desenvolvem-se dentro de 5 a 7 dias, podendo variar de 2 a 14 dias. Os primeiros sinais são não específicos. Muitos cães apresentam-se inicialmente com depressão, falta de apetite e vómito.

Apenas passado 1 a 2 dias é que começam a sofrer de diarreia. A destruição do intestino, acompanhada do vómito e diarreia, levam à perda de proteínas pelo corpo. O vómito poderá ser tão severo que causa inflamação do esófago (esofagite).

O parvovirus ainda torna o animal mais suscetível a infeções bacterianas ao originar a diminuição das células do sistema imune em circulação e ao destruir o intestino diminuindo a sua função de barreira. Assim, bactérias presentes no intestino podem infetar tecidos mais profundos e até passar para a circulação sanguínea desenvolvendo uma infeção generalizada, choque séptico e febre nos casos mais graves.

A irritação do intestino pode originar desconforto abdominal e o aumento do peristaltismo, ou seja, dos movimentos intestinais. Como resultado, é possível que o intestino sofra uma intusceção causando grande dor abdominal. A intusceção é basicamente um segmento intestinal sobrepor-se a outro, como uma manga dobrada sobre si mesma. A intusceção intestinal pode necessitar de correção cirúrgica.

Resumindo, as fases do parvovirus canino são:

  • Fase virémica: no início da doença com a elevada replicação do vírus e aparecimento dos primeiros sinais de gastroenterite;
  • Fase clínica: os sinais da gastroenterite são mais evidentes e podem ser acompanhados da infeção bacteriana;
  • Fase de recuperação: regressão dos sinais clínicos com recuperação total.

Fatores de risco para a parvovirose canina

Algumas raças de cães aparentam ser mais suscetíveis ao parvovirus canino, nomeadamente o Rottweiler, Doberman pinscher, Pit Bull, Labrador, Pastor Alemão e Spaniel Inglês. No entanto não significa que cães de outras raças não sejam afetados por este vírus.

O stress causado pelo desmame, sobrepopulação ou má nutrição, parasitismo intestinal ou infeção intestinal podem favorecer o desenvolvimento mais severo da parvovirose.

Outos fatores de risco incluem a falta ou falha na vacinação, canis ou locais com elevado número de cachorros por vacinar e imunossupressão causada por medicação, doenças ou até parasitismo extremo. No caso da vacinação, é importante não a fazer cedo demais.

Após o parto, o intestino do filhote é permeável aos anticorpos presentes no leite materno por apenas algumas horas. Os anticorpos da cadela circulam no sangue do filhote durante as primeiras semanas de vida, protegendo-o.

Se o cachorro for vacinado muito cedo, os anticorpos transmitidos pela mãe neutralizam a vacina antes de poder estimular o sistema imunitário do cachorro e de desenvolver a imunidade, tornando-o suscetível à doença no futuro. Por outro lado, se o cachorro não for vacinado, a imunidade conferida pelo leite materno perde-se ao longo do tempo tornando-o suscetível.

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Sintomas do Parvovirus Canino

Os sinais clínicos do parvovirus canino são dependentes da virulência e número de vírus a que o cão foi exposto, estado do sistema imunitário, idade e presença de outros agentes patogénicos no intestino, como os parasitas intestinais. Geralmente os sinais e sintomas do parvovirose canina (parvovirus canino) incluem:

  • Letargia e depressão;
  • Perda de apetite (anorexia);
  • Vómito;
  • Diarreia;
  • Perda de peso rápida;
  • Membranas da boca e dos olhos com cor anormal;
  • Ritmo cardíaco acelerado (taquicardia);
  • Desidratação;
  • Dor ou desconforto no abdómen;

 

O que fazer se suspeitar de parvovirose canina?

Se suspeita que o seu cão esteja a sofrer de parvovirose canina, isole-o dos restantes animais pois este vírus é altamente contagioso e leve-o com urgência ao hospital veterinário mais próximo!

 

Forma cardíaca do parvovirus canino: miocardite

O parvovirus canino pode causar miocardite em cachorros jovens. Quando os cachorros de uma cadela não vacinada são infetados no útero ou nas primeiras semanas de vida, o parvovirus pode atacar as células do coração, os cardiomiócitos. Assim, provoca uma miocardite e necrose do tecido do coração.

Nestes casos, a miocardite está associada a falha cardíaca e morte súbita às 3 a 4 semanas. Em cachorros mais velhos (7 a 15 semanas), a lesão cardíaca pode se atrasar e haver sobrevivência à fase aguda.

A miocardite, com falha cardiopulmonar aguda ou falha cardíaca progressiva, pode estar presente mesmo na ausência dos sinais clássicos de gastroenterite. No entanto a miocardite por parvovirose canina está a tornar-se mais rara devido à imunização das cadelas através de vacinas ou da sua sobrevivência à infeção.

 

Diagnóstico da parvovirose canina

O diagnóstico deverá ser sempre feito por um médico veterinário. O médico veterinário irá basear-se na história e sinais apresentados pelo cão, como o vómito e diarreia em idades jovens. No entanto, existem outros agentes que poderão causar sinais semelhantes de gastroenterite, como a Salmonela (diagnóstico diferencial).

Por isso, muitos médicos veterinários preferem fazer um teste de titulação que permite confirmar a presença do parvovírus nas fezes, o teste de ELISA. O exame deteta a presença do vírus nas fezes do cão. Por isso, nem sempre é bem-sucedido: em algumas ocasiões a libertação do vírus pode estar alterada!

Por exemplo, logo após a infeção e após 10 a 14 dias da infeção podem ser libertadas doses baixas do vírus devido à baixa replicação ou diluição nas fezes diarreicas. O vírus também demora a causar os primeiros sinais, aparecendo após 5 a 7 dias. A margem para apanhar um grande número de parvovírus nas fezes é pequena, logo poderão haver falsos-negativos.

A situação inversa também é possível. É possível haver falsos-positivos nos primeiros dias após a vacinação com uma vacina viva (com uma estirpe alterada e inofensiva do vírus). Ou seja, o teste confirmar a presença de parvovírus nas fezes em cães não infetados. Alternativas a este teste incluem a deteção de antigénios CPV, testes de PCR e determinação de anticorpos no sangue do cão.

Todos os animais que estiveram em contacto com o cão infetado e que apresentem sinais relevantes devem ser testados. Cães adultos que partilhem a habitação com cães infetados devem ser revacinados para garantir a imunidade. Os locais frequentados pelo cão infetado devem ser descontaminados dentro do possível.

Tratamento da parvovirose canina

O tratamento da parvovirose canina é um tratamento de suporte que consiste no controlo dos sintomas que o animal apresenta e evitando a infeção bacteriana. O tratamento deverá incluir hospitalização do cão, de preferência num local de isolamento para evitar o contagio aos outros cães. A hospitalização e terapia intensiva aumentam muito a chance de sobrevivência do cão.  O principal tratamento é a fluidoterapia combinada com antibióticos.

Fluídoterapia

A fluídoterapia, a administração de fluídos, permite combater a desidratação causada pelos vómitos e diarreia. Ainda permite corrigir outros desequilíbrios, como repor electrólitos, repor proteína no sangue e administrar glicose.

Na ausência de vómitos, pode administrar-se fluídos por via oral. E nos casos mais suaves, o cachorro pode ser mandado para casa com restrição da atividade e administração de fluído subcutâneo. No entanto, na maioria dos casos, os cães beneficiam com a utilização da fluidoterapia intravenosa e hospitalização. Por vezes, poderá ainda ser necessário fazer transfusões de sangue.

Mas a fluídoterapia não chega. Também é preciso identificar e corrigir a sépsis e outras doenças gastrointestinais que estejam a ocorrer, como o parasitismo.

Antibióticos

Os antibióticos têm como função evitar o risco da infeção bacteriana causada pela lesão na barreira intestinal ou corrigir a infeção já existente. A infeção bacteriana causada pela disrupção da função de barreira do intestino e redução da imunidade pode originar complicações graves. Por isso, a administração de antibióticos é recomendada na maioria dos casos.

Outra medicação

A medicação varia consoante cada caso. No tratamento da parvovirose canina é frequentemente utilizado:

  • Antieméticos: permitem parar o vómito;
  • Bloqueadores H2: reduzem a náusea;
  • Desparasitantes internos: eliminam parasitas internos;
  • Analgesicos: podem ser necessários para aliviar a dor em casos graves.

Outros tratamentos podem incluir o interferão felino recombinante e a flunixina meglumina, no choque séptico mas com atenção para evitar a ulceração. No entanto, tratamentos como o fator G-CSF para aumentar o número de células imunes, a utilização de soro sanguíneo de animais com anticorpos e tamiflu para combater o vírus não têm resultados comprovados. O uso de medicação para controlar a diarreia não é recomendado porque a retenção do conteúdo intestinal aumenta o risco de complicações sistémicas e de infeção bacteriana.

Alimentação

Antes de iniciar a administração de alimentos é necessário controlar os vómitos. O cão só deverá comer quando os vómitos estiverem controlados. Isto deverá ocorrer o mais rapidamente possível, uma vez que a alimentação ajuda à recuperação.

Quando se inicia a alimentação, permite-se que o intestino recupere e também se melhora os sinais clínicos, aumenta o ganho de peso e melhora a função de barreira do intestino. Em cães anoréticos que se recusam a comer, poderão ser colocados tubos nasoesofágico ou nasogastricos.

A alimentação liquida, feita com preparados próprios ou diluindo ração húmida, é introduzida no tubo. Este tratamento deve ser instituído às 12 horas após internamento. Quando os vómitos pararem, pode-se fazer a reintrodução de água e comida por via oral após 12 a 24 horas.

A primeira dieta deve ser baixa em gorduras e facilmente digestível. Pode ser uma ração comercial, normalmente de uma gama terapêutica, ou caseira feita de frango cozido ou requeijão baixo em gorduras e arroz. Esta dieta deverá ser usa na transição para a dieta normal.

Apenas em casos que o cão continua sem se alimentar por mais de 3 dias ou não tolera o alimento, vomitando, é que se faz a alimentação através do soro. Evita-se esta terapia porque a alimentação por via oral ou entérica ajuda à recuperação mais rápida. Suplementação com glutamina melhora a saúde intestinal, podendo ser utilizada.

Cirurgia

A cirurgia é apenas recomendada em casos de intusceção intestinal, ou seja, quando o intestino se vira sobre si mesmo como uma manga.

 

A parvovirose canina tem cura?

Sim. A parvovirose canina tem cura. Se o tratamento de suporte for capaz de manter o cão vivo por tempo suficiente (cerca de 4 dias), consegue-se a cura em cerca de uma semana. No entanto, em algumas situações há suscetibilidades que podem comprometer a sobrevivência do cão, como em certas raças, animais jovens ou em caso de choque séptico. As chances de sobrevivência são muito mais favoráveis nos animais que recebem tratamento médico adequado.

 

Complicações da parvovirose canina

As complicações da parvovirose canina ocorrem no período da doença. Normalmente estão associadas à entrada de bactérias pelo intestino que se contra lesado. Pode originar infeções bacterianas generalizadas (sépsis), entrada de toxinas bacterianas para o sangue (endotoxemia), choque e distúrbios na coagulação do sangue (coagulação intravascular disseminada). A estas adicionam-se a intusceção intestinal e o síndrome de stress respiratório. Estes casos reduzem a probabilidade de sobrevivência.

Prognóstico da parvovirose canina

Cães com tratamento têm maior chance de sobreviver à parvovirose canina. Quanto mais precoce for o tratamento, melhor as chances de sobrevivência. Se o cão sobreviver aos primeiros 4 dias de doença, espera-se a sua recuperação dentro de uma semana.

Mesmo com cuidados médicos, a mortalidade varia entre os 8 e os 30%. Esta variação deve-se a fatores individuais de cada cão. A mortalidade deve-se principalmente à presença de toxinas bacterianas no sangue (endotoxemia).

Caso o cão sobreviva, torna-se imune ao parvovirus canino para a vida. Após sair do internamento, o cão deve-se manter separado de outros cães por 2 a 4 semanas e as suas fezes eliminadas pois podem conter parvovirus. Quando existem mais cães em casa, devem ser vacinados.

A parvovirose canina deixa sequelas? A recuperação da parvovirose canina é total?

Se o cão sobreviver à parvovirose canina, espera-se uma recuperação total sem sequelas.

 

Prevenção da parvovirose canina

É importante ter-se em consideração que o parvovirus canino é muito resistente no ambiente, mantendo-se viável durante meses. Por outro lado, outros cães podem aparentar estar saudáveis e estar a libertar o vírus nas suas fezes. Logo, é difícil evitar a exposição, sendo que a vacinação permite uma proteção mais fácil.

A vacinação é o principalmente método de prevenção da parvovirose canina, reduzindo a sua incidência. A vacinação deverá ser realizada corretamente para evitar a interferência dos anticorpos maternos em circulação nos cachorros recém-nascidos, recomendando iniciar-se entre as 8 e 12 semanas de idade.

É de relembrar que as vacinas não têm efeitos imediatos, a imunidade desenvolve-se ao longo das 2 semanas seguintes. Por isso, um cão acabado de vacinar ainda é suscetível à parvovirose e deve evitar expor-se. A revacinação anual é recomendada, exceto casos mencionados na própria bula da vacina. A revacinação excecional também é recomendada em cães que partilhem o ambiente com um cão infetado.

 

Como evitar a parvovirose canina?

O único método eficaz de evitar a parvovirose canina é através da correta vacinação do cachorro. Antes da vacinação, o cachorro não deve estar exposto a ambientes onde circulem cães não vacinados e que possam libertar parvovirus.

A parvovirose canina tem vacina?

Sim, a parvovirose canina tem vacina que permitem evitar o infeção com o parvovirus canino.

Como desinfetar o ambiente para eliminar a parvovirose canina?

O parvovirus canino é muito estável no ambiente e resistente à maioria dos agentes de limpeza. Recomenda-se que primeiro a matéria orgânica seja removida usando detergentes convencionais. De seguida aplica-se uma solução de lixivia e água, em concentração de 1:30, e deixa-se atuar por 10 minutos. A desinfeção torna-se difícil em espaços externos, com plantas e terra, onde outras estratégias deverão ser adotadas.

2 comentários em “Parvovirose canina: o que é, tratamento e prevenção”

  1. Olá Joana ! Muito obrigado pelo excelente artigo científico que acabei de ler.

    Recentemente perdi um amigo de 5 meses, da raça American Pitbull terrier, para esse terrível vírus. Estou tomando providências em realizar uma desinfecção total de minha residência, utilizando hipoclorito de sódio.

    No final do artigo, você menciona que, em áreas com terra, a desinfecção se torna difícil e outras estratégias devem ser tomadas. Quais são essas estratégias e quais produtos devo utilizar ? Meu quintal é composto de 80% cimento e 20% terra. Borrifei cal hidratada em todo o quintal, e posteriormente, lavei com uma solução de hipoclorito de sódio na proporção 1L/20L de água.

    Novamente muito obrigado pela escrita, e parabéns pelo magnífico trabalho.

    Responder
    • Olá Filipe,
      O ambiente exterior é mais difícil de controlar em relação ao interior. Como aplicar lixivia vai danificar as plantas e solo, o que se costuma fazer é regar o jardim para diluir a concentração do vírus. Entre a água, da rega ou chuva, e a ação do sol, o vírus vai morrendo em poucas semanas. Também deverá remover a matéria orgânica que conseguir (ex. folhas mortas) para facilitar. Há desinfetantes para o exterior, mas são menos eficientes e difíceis de encontrar. O cachorro também poderá já estar vacinado, o que o protegerá mais.
      Pode ler mais nos seguintes links: link1, link2.
      Abraços,
      Joana Prata

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