Quais vacinas um cão deve tomar? – Plano de Vacinação em Portugal

As vacinas são um aliados da saúde do cão. A vacinação permite prevenir doenças, focando-se assim numa medicina veterinária preventiva. No entanto, tem sido debatido a utilização número excessivo de vacinas.

Quais e quantas vacinas um cão deve tomar? Em Portugal, apenas a vacina da raiva é obrigatória. No entanto, o protocolo vacinal para cães permite a prevenção de doenças mais comuns e assim evitar a contração de doenças potencialmente fatais.

 

Quando deve ser realizada a vacinação no cão?

A vacinação no cão deve iniciar-se me idades jovens. É recomendado fazer a primeira vacinação (primovacinação) entre as 6 a 8 semanas de idade. Seguem-se 3 reforços mensais.

Em cachorros, a vacinação apenas deve ser inciada entre as 6 e 8 semanas de idade de forma a não existir conflito com os anticorpos maternos. Nas primeiras horas de vida há absorção dos anticorpos do primeiro leite materno, o colostro. Assim o filhote adquire imunidade semelhante à da mãe.

Após a primeiras horas de vida, a barreira intestinal fecha-se. O leite materno passa a proteger apenas o trato intestinal do cachorro. Se a vacinação for iniciada quando há anticorpos maternos em circulação, irá entrar em conflito e perder a eficácia. 

Logo, a vacinação só deverá ser inciada entre as 6 e 8 semanas. Em animais órfãos, devido à baixa proteção pela mãe, mas necessidade de maturação do sistema imune, incia-se às 6 semanas. Nos restantes, às 8 semanas.

Em cães adultos, o reforço realiza-se anualmente, excepto vacinas em que o fabricante mencione a validação para períodos superiores. Também é possível fazer uma titulação de anticorpos no sangue para avaliar a necessidade de vacinação. No entanto, este teste é caro e poderá indicar de qualquer das formas necessidade de vacinação, resultando em duas despesas.

Em cães adultos não vacinados, a vacinação inicia-se apenas com uma dose e reforço anual. Cães adultos com história vacinal desconhecida devem ser tratados como não vacinados, e iniciar-se a vacinação.

Após administrar a vacina, o sistema imune leva cerca de 15 dias a obter imunidade contra a doença. Em filhotes, a espera pela vacinação para sair à rua pode comprometer o período crítico de socialização.

 

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Quantas vacinas um cão deve tomar?

Em Portugal, apenas existe uma vacina obrigatória por lei, a vacina da raiva. No entanto, existe um protocolo vacinal que incluí quatro doenças comuns nos cães Portugueses.

O número de vacinas que o cão deve tomar depende das suas necessidades. O médico veterinário deverá avaliar a história do cão e contexto e m que vive, e recomendar a vacinação.

Apesar destas necessidades individuais, o protocolo vacinal aplica-se à grande maioria dos casos. Mesmo assim, alguns animais poderão necessitar de vacinas para além do protocolo vacinal.

Este é o caso de cães que frequentem exposições caninas ou hotéis para animais, onde há contacto com muitos outros cães. Neste animais, recomenda-se a aplicação da vacina contra a tosse do canil.

Por outro lado, poderão ser necessárias vacinas quando realiza viagens com o cão. Certas regiões podem ter maior risco de certas doenças, requerendo vacinação. Por outro lado, alguns países requerem vacinação específica para a entrada de animais na fronteira. Por isso, antes de qualquer viagem nacional ou internacional, e com antecedência, deverá marcar uma consulta de viajante para fazer a vacinação necessária e tratar do passaporte canino.

 

Quais vacinas um cão deve tomar?

Em Portugal, apenas existe uma vacina obrigatória por lei, a vacina da raiva:

Raiva: doença vírica que afecta os mamíferos (incluíndo humanos) causando perturbações do sistema nervoso. Transmite-se através da saliva do animal contaminado. Rapidamente evolui para morte e não há tratamento. Por isso é obrigatória a vacina contra este vírus.

No entanto, existem outras vacinas que o cão deve tomar. As vacinas que fazem parte do protocolo vacinal em Portugal são:

Parvovirus: gastrenterite virica que pode causar morte rápida em animais jovens. Cursa com febre, depressão, vómito, diarreia hemorrágica e desidratação. Afecta animais jovens, podendo arrasar a ninhada. É importante ter suporte médico e fazer isolamento do animal visto que excreta grande quantidade de vírus.

Esgana: provocada por um vírus, tem manifestações variáveis. Podem apresentar febre, falta de apetite e sintomas do trato respiratório o digestivo. No caso de envolver o sistema nervoso pode provocar andar vacilante e ataques epilépticos. Afecta normalmente cães jovens e pode se mortal. O seu tratamento consiste numa terapia de suporte e antibioterapia para evitar infecções bacterianas concomitantes.

Leptospirose: provocada por uma bactéria que origina falha renal grave e insuficiência hepática que poderá resultar em morte. Transmite-se principalmente através da urina.

Hepatite infecciosa: doença virica que cursa com febre, vómitos, diarreia e aumento dos gânglios linfáticos do pescoço. Raramente é normal e a cura é sintomática.

Existem vacinas opcionais, que não fazem parte do protocolo base, mas podem ser indicadas em certas situações. São administradas apenas em animais em risco. Estes são animais com grande contacto com outros cães, como estadia em canis ou participação em concursos.

Tosse do Canil: complexo de patologias respiratórias que cursam com tosse seca sem febre, perda de apetite ou perda de vivacidade. Em geral não é grave e cura-se espontaneamente entre uma a duas semanas. Em animais imunodeprimidos poderá complicar-se causando pneumonia, potencialmente fatal.

Leishmaniose: é uma doença crónica transmitida por um mosquito que afeta vários orgãos do animal levando à degradação da sua saúde, levando à morte. Os sintomas clínicos mais comuns incluem aumento dos gânglios linfáticos, crescimento exagerados das unhas e mau aspeto do pelo. A vacinação, apesar de não ser muito efetiva na prevenção, reduz o grau de severidade de infeções e pode estar indicada em zonas onde existe o mosquito transmissor.

 

Reforços e microchip

Os reforços devem ser realizados em intervalos de um mês, sendo às 12, 16 e 20 semanas. No ultimo deve colocar-se o chip e administrar a vacina da raiva, requerida por lei. A partir daí os reforços são anuais, no entanto a vacina da Leptospirose pode ser repetida a cada 6 meses.

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